E numa mesa de bar concluiu-se que deveríamos começar com "once upon a fuck...". Além do fator óbvio da concepção, por algo mais complicado que isso: na vida, a gente sempre está se fodendo ou fodendo alguém. Não necessariamente nesta ordem ou, principalmente, não de forma alternada.
Sempre tem alguém fodendo alguém pra poder se foder menos. Enganando, recebendo créditos por trabalhos alheios, desviando informações,.... o clássico e sutil "puxar o tapete". Claro que para o tapeceiro isso é essencial, mas garanto que há, neste, outras formas (e muitas!) de se foder. Se você não é a pessoa que fode, sinto muito, mas você é o fodido; aquele do passivo mesmo. Não que você não obterá sucesso por isso, pelo contrário! Mas terá que aturar e driblar muitos fudidores.
Ahá! E o altruísmo? Ah... essa é a maior ilusão de todas! Se existe tal atitude – o que me questiono por esta me parecer muito próxima ao narcisismo –, nela você é simplesmente ambos: o fodido, por não estar ganhando nada com isso e provavelmente se esforçando pra isso, e o fodidor do pior tipo, por você estar fodendo você mesmo!
Volto ao começo e sobram as fodas em si, que apesar da libertação e do prazer deixam aquele vazio do companheiro e esclarecendo, mais uma vez e talvez de uma forma ainda mais explícita, a falta da fada no conto.
Afinal, se fodendo ou fodendo alguém, a gente constantemente deseja a varinha de condão e seus milagres.
14 maio 2008
28 abril 2008
Virada Cultural
"E o que vcs chamam de show é uma desculpa esfarrapada pra um monte de gente única se encontrar num momento".
04 janeiro 2008
25 março 2007
E no espelho
Um descompasso, uma distração. Estava até o momento concentrada, a tal ponto de nem estar mais ali. Foi naquele segundo, naquele súbito impulso que tomou conta de meus músculos. Contraíram-se e virei-me.
Ato impensado que me custou este texto.
Sentada ali nada mais existia. Além da mesa, eram meus pensamentos que também estavam fora de ordem. Mas estavam focados no que lia e criando algo que... se perdeu, no momento que aconteceu este estremeço.
Ao virar-me, tinha um espelho. E por alguns milésimos de segundos, ou algum tempo pequeno destas “nano medidas”, não vi. Não vi a costumeira face de lábios selados pelas idéias; de olhos refletidos neles mesmos, que tanto já me era comum. Não. O que vi foi algo encantadoramente diferente, que durou nano infinitos minutos.
Como podemos nos definir assim tão certos? Sensatos... Estamos mesmo perdidos! Perdidos em nós mesmos e nossa multiplicidade. Não, Pirandello, não quero escolher. Agora, quero ser cem mil. E pronto! Caso eu mude de idéia, ficarei à vontade.
Ato impensado que me custou este texto.
Sentada ali nada mais existia. Além da mesa, eram meus pensamentos que também estavam fora de ordem. Mas estavam focados no que lia e criando algo que... se perdeu, no momento que aconteceu este estremeço.
Ao virar-me, tinha um espelho. E por alguns milésimos de segundos, ou algum tempo pequeno destas “nano medidas”, não vi. Não vi a costumeira face de lábios selados pelas idéias; de olhos refletidos neles mesmos, que tanto já me era comum. Não. O que vi foi algo encantadoramente diferente, que durou nano infinitos minutos.
Como podemos nos definir assim tão certos? Sensatos... Estamos mesmo perdidos! Perdidos em nós mesmos e nossa multiplicidade. Não, Pirandello, não quero escolher. Agora, quero ser cem mil. E pronto! Caso eu mude de idéia, ficarei à vontade.
04 março 2007
Sobre Sorte e Azar
Foi quando muito pequena, uma peraltice me deixou uma marca na testa. Excluindo-se o dia em que ela apareceu, pois este inclui muita confusão, sangue, injeção na testa (sim, dói muito!), muitos médios e dor, ela nunca me incomodou... Sempre achei até bonita! Uma cicatriz... Minemotécnica de uma infância bem vivida.
Fui constantemente apoiada pela filosofia da vovó: “Somente as mulheres fatais têm cicatrizes no rosto”. Ótimo! Eu era, então, uma mulher fatal! Com prova e tudo! Certo, mas porque diabos tive que me arrumar mais uma? Com certeza não era por auto-afirmação!
Aproveitando o intervalo de uma aula, eu e uma amiga fomos papear e comer besteiras. Andávamos tranquilamente pela feirinha de alimentos armada no centro da UNICAMP. Clima tranqüilo, sem pressa... A moça da barraca da frente resolveu, bem naquela hora e não outra hora qualquer, arrumar o bendito toldo de sua barraquinha. Joga a lona pra cá... Joga pra lá... E teve a brilhante idéia de lançar o elástico (daqueles que muitos motoqueiros também usam, que são coloridos com “ganchos” nas extremidades) de trás da barraca para frente. Eu, imersa na história que contava para a amiga, não reparei o que a moça da barraca estava fazendo.
De repente... “Ai! Tati, o que é isso?”. O “inofensivo” gancho do elástico lançado pela moça descuidada prendeu na minha dobrinha conseqüente do movimento de fala, entre meu lábio e a bochecha. Por estar sem o plástico protetor, o gancho fixou bem, muito bem. Uma vez que a simpática senhora dona da barraca não viu onde o gancho tinha “enroscado”, ou fisgado, ela o puxou com toda força! Qual era a probabilidade? Dois pontinhos no universo se encontrarem de forma tão inconveniente! Minha dobrinha do rosto e gancho. Juntos!
Se já reclamavam que eu falava demais, agora eu tinha uma desculpa... Fiquei com duas bocas! Quando ela puxou, o gancho rasgou parte de minha bela cútis de uma forma bem dolorida. Não entendi nada! Só queria saber de onde vinha o sangue da minha bochecha... Até que veio o ardor e eu entendi o que tinha acontecido.
Como a senhora, que era um amor de pessoa, não quis nem me ver, corri para o banheiro com a amiga escudeira, que vinha logo atrás. Ao me olhar no espelho... “Putz Tati! Ela ferrou com o meu rosto! Que merda!” E eu ainda tinha que voltar para a sala de aula... Com esse novo visual! Que beleza!
Muitas piadinhas depois e vinte dias com esparadrapo no rosto, até que melhorou... Mas a cicatriz foi inevitável! Utilizando-me da sábia habilidade de virar a luneta, algumas reflexões me vieram à cabeça... Poxa, podia ser bem pior... Poderia ser no olho, no nariz... Ou até pegar tétano!
Hoje, sei que no universo estranho em que se encontra meu azar, se por ventura for atropelada, será por uma ambulância!
Fui constantemente apoiada pela filosofia da vovó: “Somente as mulheres fatais têm cicatrizes no rosto”. Ótimo! Eu era, então, uma mulher fatal! Com prova e tudo! Certo, mas porque diabos tive que me arrumar mais uma? Com certeza não era por auto-afirmação!
Aproveitando o intervalo de uma aula, eu e uma amiga fomos papear e comer besteiras. Andávamos tranquilamente pela feirinha de alimentos armada no centro da UNICAMP. Clima tranqüilo, sem pressa... A moça da barraca da frente resolveu, bem naquela hora e não outra hora qualquer, arrumar o bendito toldo de sua barraquinha. Joga a lona pra cá... Joga pra lá... E teve a brilhante idéia de lançar o elástico (daqueles que muitos motoqueiros também usam, que são coloridos com “ganchos” nas extremidades) de trás da barraca para frente. Eu, imersa na história que contava para a amiga, não reparei o que a moça da barraca estava fazendo.
De repente... “Ai! Tati, o que é isso?”. O “inofensivo” gancho do elástico lançado pela moça descuidada prendeu na minha dobrinha conseqüente do movimento de fala, entre meu lábio e a bochecha. Por estar sem o plástico protetor, o gancho fixou bem, muito bem. Uma vez que a simpática senhora dona da barraca não viu onde o gancho tinha “enroscado”, ou fisgado, ela o puxou com toda força! Qual era a probabilidade? Dois pontinhos no universo se encontrarem de forma tão inconveniente! Minha dobrinha do rosto e gancho. Juntos!
Se já reclamavam que eu falava demais, agora eu tinha uma desculpa... Fiquei com duas bocas! Quando ela puxou, o gancho rasgou parte de minha bela cútis de uma forma bem dolorida. Não entendi nada! Só queria saber de onde vinha o sangue da minha bochecha... Até que veio o ardor e eu entendi o que tinha acontecido.
Como a senhora, que era um amor de pessoa, não quis nem me ver, corri para o banheiro com a amiga escudeira, que vinha logo atrás. Ao me olhar no espelho... “Putz Tati! Ela ferrou com o meu rosto! Que merda!” E eu ainda tinha que voltar para a sala de aula... Com esse novo visual! Que beleza!
Muitas piadinhas depois e vinte dias com esparadrapo no rosto, até que melhorou... Mas a cicatriz foi inevitável! Utilizando-me da sábia habilidade de virar a luneta, algumas reflexões me vieram à cabeça... Poxa, podia ser bem pior... Poderia ser no olho, no nariz... Ou até pegar tétano!
Hoje, sei que no universo estranho em que se encontra meu azar, se por ventura for atropelada, será por uma ambulância!
19 fevereiro 2007
Tudo se copia...
E não é que pegaram o Chaves, deram um tapinha, tiraram a poeira e jogaram na água? O mexicano aprendeu a falar inglês e está no fundo do mar: Bob Esponja retomou todos os ingredientes do eterno seriado latino, mas com um toque de verniz.
A cara ingênua e aparente vulnerabilidade do personagem que morava num barril estão, agora, num abacaxi. E não foi só ele não! A vila toda mudou para os domínios de Poseidon.
Será que poderíamos colocar o Siri Cascudo para cobrar o aluguel? Melhor ainda, o Seu Madruga dono da lanchonete, que tal? Bob Esponja tem dois melhores amigos: Sandy e Patrik. Soa familiar? Acho que Patrik não tem bochechões, mas continua o mesmo.
Então, os americanos se renderam à criação mexicana? Foi Chaves um vanguardista? Será a próxima vila no espaço? Haverá vilas em Marte? Quem sabe não mudaremos do México para dançar um Tango Argentino!
Simplicidade, trocadilhos e piadas clichês (mesmo que atualizadas). Sim, um programa que não é original nem traz formas e estruturas novas faz um explosivo sucesso para diferentes públicos devido a vasta e diferente interpretações para as piadas e referências (estilo herdado, também, do menino do barril).
Bom, em nome de um mundo melhor, estamos sempre reciclando!
Ruth Almeida
A cara ingênua e aparente vulnerabilidade do personagem que morava num barril estão, agora, num abacaxi. E não foi só ele não! A vila toda mudou para os domínios de Poseidon.
Será que poderíamos colocar o Siri Cascudo para cobrar o aluguel? Melhor ainda, o Seu Madruga dono da lanchonete, que tal? Bob Esponja tem dois melhores amigos: Sandy e Patrik. Soa familiar? Acho que Patrik não tem bochechões, mas continua o mesmo.
Então, os americanos se renderam à criação mexicana? Foi Chaves um vanguardista? Será a próxima vila no espaço? Haverá vilas em Marte? Quem sabe não mudaremos do México para dançar um Tango Argentino!
Simplicidade, trocadilhos e piadas clichês (mesmo que atualizadas). Sim, um programa que não é original nem traz formas e estruturas novas faz um explosivo sucesso para diferentes públicos devido a vasta e diferente interpretações para as piadas e referências (estilo herdado, também, do menino do barril).
Bom, em nome de um mundo melhor, estamos sempre reciclando!
Ruth Almeida
03 setembro 2006
The Light House
Get in.
Without previously note,
Get in.
Kick the front door and
Come as there is nothing in the way.
Get in.
When I am looking the other way,
Get in.
Be impulsive and know what you want
Come as this is the only possible way
Get in.
A high brick wall so I can be weak
A light house so I can get lost in the sea
Something about your eyes
But they might just be reflecting me
My independence depends on you.
Get in.
Without previously note,
Get in.
Kick the front door and
Come as there is nothing in the way.
Get in.
When I am looking the other way,
Get in.
Be impulsive and know what you want
Come as this is the only possible way
Get in.
A high brick wall so I can be weak
A light house so I can get lost in the sea
Something about your eyes
But they might just be reflecting me
My independence depends on you.
Get in.
Assinar:
Postagens (Atom)