14 maio 2008

Um Conto de Phodas

E numa mesa de bar concluiu-se que deveríamos começar com "once upon a fuck...". Além do fator óbvio da concepção, por algo mais complicado que isso: na vida, a gente sempre está se fodendo ou fodendo alguém. Não necessariamente nesta ordem ou, principalmente, não de forma alternada.
Sempre tem alguém fodendo alguém pra poder se foder menos. Enganando, recebendo créditos por trabalhos alheios, desviando informações,.... o clássico e sutil "puxar o tapete". Claro que para o tapeceiro isso é essencial, mas garanto que há, neste, outras formas (e muitas!) de se foder. Se você não é a pessoa que fode, sinto muito, mas você é o fodido; aquele do passivo mesmo. Não que você não obterá sucesso por isso, pelo contrário! Mas terá que aturar e driblar muitos fudidores.
Ahá! E o altruísmo? Ah... essa é a maior ilusão de todas! Se existe tal atitude – o que me questiono por esta me parecer muito próxima ao narcisismo –, nela você é simplesmente ambos: o fodido, por não estar ganhando nada com isso e provavelmente se esforçando pra isso, e o fodidor do pior tipo, por você estar fodendo você mesmo!
Volto ao começo e sobram as fodas em si, que apesar da libertação e do prazer deixam aquele vazio do companheiro e esclarecendo, mais uma vez e talvez de uma forma ainda mais explícita, a falta da fada no conto.
Afinal, se fodendo ou fodendo alguém, a gente constantemente deseja a varinha de condão e seus milagres.

3 comentários:

Unknown disse...

posso comentar, porque participei da discussão sobre o tema: e isso aqui não é conto de fadas, mas um conto de fodas: Ruth!!!
gostei!!! supreendeu!!! não sabia o que vc poderia ter escrito sobre esse dia e gostei: ficou sarcástico! delicado! critico! divertido!

Ruth Almeida disse...

Valeu, Ana!! Precisamos sair mais...
:)
Beijos!!

Unknown disse...

Olha como é a vida: me descubro uma pessova totalmente altruísta! Prefiro ser fodida!!!